"Temer usou a infantaria para aprovar no Congresso, na calada da
noite, sem nenhuma discussão, um déficit orçamentário duas vezes maior;
movimentando os blindados, desmontou ministérios, secretarias,
departamentos, apoderou-se do Fundo Soberano sob pretexto de que era
mixo (apenas R$2 bilhões), ameaça tomar 100 bilhões do BNDES, o que é
proibido por lei, estabeleceu novas diretrizes econômicas de cima para
baixo, sem discuti-las com a sociedade, investiu contra as principais
conquistas sociais, demitiu funcionários em postos-chave, sejam do mais
alto escalão, como o presidente da EBC, sem respeitar seu mandato de
quatro anos ou de escalões inferiores, como o garçom da presidência da
República, e mantém a aviação na vigilância aos protestos cada vez mais
encorpados, no intuito de passar a ideia de que está no controle da
situação", diz o colunista Alex Solnik.