"Dois ídolos do ódio racista que a direita promoveu no Brasil,
Bolsonaro e Moro, usaram o dedo do Lula para expressar seus valores.
Bolsonaro imprimiu e difundiu camisetas em que aparece a mão do Lula com
quatro dedos, explorando o efeito físico do maior líder popular que o
Brasil já teve. Moro, conversando com seus comparsas, se refere ao maior
dirigente político que o país tem como "nine", uma forma depreciativa
de mencionar o Lula", escreve o sociólogo Emir Sader; ele destaca que a
elite branca do País, "terminada a ditadura, teve que conviver com Lula
como líder popular e o Partido dos Trabalhadores, para quem canalizaram
seu ódio de classe e seu racismo"; "O ódio a Lula é um ódio de classe,
vem do profundo da burguesia paulista e do centro sul do país e de
setores de classe média que assumem os valores dessa burguesia. O
anti-petismo é expressão disso", observa