Superlotação, falta de água para beber, comida estragada, insetos nas
celas e agressões físicas. Todas essas situações foram denunciadas pela
Pastoral Carcerária Nacional, que visitou cinco unidades prisionais do Rio Grande do Norte
onde estão custodiadas presas mulheres. A Pastoral denuncia que as
detentas são submetidas à torturas dentro das unidades. Tudo o que foi
constatado foi informado ao poder público estadual por meio de um
relatório.
O G1 tentou contato com o secretário estadual de Justiça e da Cidadania, mas Wallber Virgolino não atendeu as ligações.
A Pastoral Carcerária Nacional visitou a Ala Feminina do Complexo Penal Dr. João Chaves, em Natal;
o Centro de Detenção Provisório Feminino de Parnamirim; a Ala Feminina
da Penitenciária Estadual do Seridó, em Caicó; o Centro de Detenção de Currais Novos; e a Ala Feminina do Complexo Penal Estadual Agrícola Dr. Mário Negócio, em Mossoró.
No relatório, consta que “foram observadas, além da superlotação
crônica, que em si já pode ser considerada prática de tortura, diversas
violações aos direitos das pessoas presas no que diz respeito à
precariedade da estrutura das unidades, à ausência de assistência
material, à privação de assistência médica, ao desrespeito e agressões
relatadas pelas presas por parte de agentes penitenciários e diretores,
aos problemas de alimentação e fornecimento de água, à insalubridade das
unidades, à escassez de vagas de estudo e trabalho, aos enormes atrasos
processuais especialmente na fase acusatória, entre outros”.
G1 RN