Presas do RN são submetidas a torturas, denuncia pastoral carcerária

Na Ala Feminina do Complexo Penal Estadual Agrícola Dr. Mário Negócio, em Mossoró, não há camas. As presas dormem em colchões no chão (Foto: Pastoral Carcerária)
Na Ala Feminina do Complexo Penal Estadual Agrícola Dr. Mário Negócio, em Mossoró, não há camas. As presas dormem em colchões no chão (Foto: Pastoral Carcerária)
Superlotação, falta de água para beber, comida estragada, insetos nas celas e agressões físicas. Todas essas situações foram denunciadas pela Pastoral Carcerária Nacional, que visitou cinco unidades prisionais do Rio Grande do Norte onde estão custodiadas presas mulheres. A Pastoral denuncia que as detentas são submetidas à torturas dentro das unidades. Tudo o que foi constatado foi informado ao poder público estadual por meio de um relatório.
O G1 tentou contato com o secretário estadual de Justiça e da Cidadania, mas Wallber Virgolino não atendeu as ligações.
A Pastoral Carcerária Nacional visitou a Ala Feminina do Complexo Penal Dr. João Chaves, em Natal; o Centro de Detenção Provisório Feminino de Parnamirim; a Ala Feminina da Penitenciária Estadual do Seridó, em Caicó; o Centro de Detenção de Currais Novos; e a Ala Feminina do Complexo Penal Estadual Agrícola Dr. Mário Negócio, em Mossoró.
No relatório, consta que “foram observadas, além da superlotação crônica, que em si já pode ser considerada prática de tortura, diversas violações aos direitos das pessoas presas no que diz respeito à precariedade da estrutura das unidades, à ausência de assistência material, à privação de assistência médica, ao desrespeito e agressões relatadas pelas presas por parte de agentes penitenciários e diretores, aos problemas de alimentação e fornecimento de água, à insalubridade das unidades, à escassez de vagas de estudo e trabalho, aos enormes atrasos processuais especialmente na fase acusatória, entre outros”.
Unidades prisionais têm estrutura precária (Foto: Pastoral Carcerária)
Unidades prisionais têm estrutura precária
(Foto: Pastoral Carcerária)

Em várias unidades, presas dormem no chão (Foto: Pastoral Carcerária)
Em várias unidades, presas dormem no chão (Foto: Pastoral Carcerária)
G1 RN