Metros
depois, o inglês cruzou a linha de chegada em primeiro lugar. Foi sua
46ª vitória na F-1, a terceira no ano, a primeira em solo austríaco.
O alemão foi o quarto.
Perdeu a vitória, perdeu 13 pontos de vantagem no campeonato e, principalmente, perdeu parte do respeito que tinha.
Porque,
embora estivesse fazendo uma corrida sensacional até aquele momento,
foi desleal na manobra. Jogou o carro para cima do companheiro, que foi
parar na área de escape.
Rosberg só não contava com a quebra de
sua asa dianteira. Em meio a uma chuva de fagulhas, foi perdendo
posições, se arrastando até o fim.
Hamilton voltou para a pista e cruzou para a bandeirada.
Verstappen e Raikkonen completaram o pódio.
Foi esta a eletrizante conclusão de mais uma ótima corrida deste ótimo campeonato.
A largada foi comportada.
Na pole, Hamilton manteve a ponta, sem sustos. Hulkenberg largou mal e perdeu posições. Button pulou para segundo.
O top 10 na primeira volta: Hamilton, Button, Raikkonen, Hulkenberg, Rosberg, Ricciardo, Verstappen, Vettel, Bottas e Sainz.
Massa,
que saiu dos boxes por ter de trocar a asa, fazia uma corrida de
recuperação. Nasr estava na mesma toada dos últimos GPs, tentando
administrar o prejuízo.
Na sétima volta, Raikkonen passou Button e assumiu o segundo lugar. Rosberg fez o mesmo e assumiu o terceiro lugar.
Quase
que simultaneamente, Vettel e Ricciardo deixaram Hulkenberg para trás.
Não por coincidência, logo depois o alemão da Force India foi para os
boxes e trocou os pneus.
Começou o corre-corre pros boxes, com o pneu macio ganhando a preferência do cardápio.
Enquanto
isso, Hamilton cruzava tranquilo volta a volta. Na 15ª, tinha 3s6 sobre
Raikkonen. Nenhum dos dois tinha parado ainda, assim como Vettel, em
terceiro.
Rosberg, com uma parada, estava em quarto, a 25s.
Entre
entrada e saída dos boxes, a turma estava gastando cerca de 22
segundos. Os pneus de Hamilton estavam na lona. Mas começava a
chuviscar, e ele claramente estava esperando pista molhada para
economizar uma parada.
Hamilton foi até o limite e entrou na 22ª volta. Foi superado por Rosberg, que ainda tinha que fazer um segundo pit.
O plano do inglês passou a ser fazer apenas uma volta. E sua torcida mudou: se chovesse, o beneficiado seria o companheiro.
Outro que tentava coisa parecida foi Vettel. Mas não conseguiu.
Após
25 voltas com pneus supermacios, o traseiro direito não aguentou e
explodiu em plena reta. Péssimo presente de aniversário para o
tetracampeão.
Safety car. Que saiu na 32ª volta.
O top 10
tinha Rosberg, Hamilton, Verstappen, Ricciardo, Raikkonen, Bottas, Nasr
(que não tinha parado), Button, Grosjean e Massa.
O alemão saiu bem e manteve a ponta. Hamilton não ameaçou atacar: preferiu confiar na estratégia, no pit a mais do companheiro.
Jornalista desde 1986, trabalhou no Diario do Rio Doce, em Minas Gerrais, Jornal da Cidade, Jornal da Paraiba, Radio Borborema, Jornal Porta Voz e Jornal a Tromba.